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Sob o Signo de Baco apela diretamente a todo o tipo de objetos e representações que possam ser literal e metaforicamente associados a um universo de horizontes tão vastos como é aquele constituído pelo vinho.
Elemento distintivo de tantas culturas e civilizações, responsável pelo desenho de paisagens, modo de vida de tantos ao longo da história, celebrado na literatura, o vinho e as atividades humanas a ele associadas sempre constituíram também, como objeto de representação, um verdadeiro desafio para os artistas de todos os tempos, como ainda hoje podemos comprovar e admirar em tantas obras de arte, na pintura, na escultura, no desenho, na cerâmica… Como sustenta J. Duarte Amaral, no seu Grande Livro do Vinho, “a vinha, as uvas e o vinho são objetos privilegiados da arte que inspiraram pintores, poetas, escultores e músicos em múltiplas criações. São, com efeito, numerosas e célebres as manifestações artísticas que encontraram na videira, nas uvas e no vinho, nos seus deuses e nos seus cultos inspirações variadas, algumas geniais.”
Atualmente, numa época em que mais do que nunca a produção artística se alargou a tantos novos domínios e técnicas de expressão, acreditamos que os artistas continuam a sofrer o fascínio de outras eras por este tema que, tão enraizado em certos territórios como o nosso, também convoca as vivências e as memórias de quem povoa outras latitudes.
Que os artistas nos nossos dias sabem dar testemunho desta realidade é a nossa mais
profunda crença. Fica então, neste ano de Art’in Lima-Sob o Signo de Baco, o desafio
para fazer, mais uma vez, com que a arte contemporânea seja o espelho, ainda que por
vezes fragmentado, do presente…